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Giorgio Ferreira

A proposta ética da epistemologia espinosana: uma leitura do Tratado da Correção do Intelecto.

Sala 222

 

O minicurso pretende fornecer instrumentos para a leitura do TIE. Nesta medida, pretende-se abordar temáticas como: a noção deemendatio, os modos da percepção, a concepção de método, e as noções de ideia adequada e inadequada, evidenciando em que medida a discussão epistemológica proposta na obra articula-se com a proposta ética que norteia a filosofia espinosana.

Aldineto Miranda

A descoberta do cogito: suas implicações na fundamentação do conhecimento na modernidade e na contemporaneidade.

Sala 218 (2o. andar - corredor do Direito)

 

A epistemologia cartesiana é um marco na modernidade, nesse sentido, não é sem razão de ser que Descartes é considerado o pai da filosofia moderna. A metafísica cartesiana, edificada sobre a descoberta do cogito tal como um insight, um clarão que o faz constatar a realidade de uma verdade inquestionável fundada na subjetividade do sujeito, parece-nos à primeira vista  um solipsismo,  porém supera essa posição realizando o movimento do subjetivo à objetividade. A superação da duvida com relação à existência, se funda em seu cerne, na constatação do  pensamento, enquanto consciência de si, nesse ínterim a dúvida, como uma das operações do pensar, permite o sobressair do cogito.  Sendo assim, a presente proposta de minicurso possui como objetivo principal compreender a importância da epistemologia cartesiana nos constructos filosóficos posteriores, influenciando inclusive as teorias fenomenológicas na contemporaneidade, o que constata que Descartes contribuiu decisivamente no modo de pensar ocidental, no que diz respeito à visão de homem como um ser que é caracterizado por sua individualidade.

 

José Edelberto Araújo de Oliveira

HOBBES E A COGNIÇÃO DOS OBJETOS SENSÍVEIS

Sala221

 

A admissão da noção de “espécies inteligíveis” no relativo a uma filosofia natural – como descrito em A short tract on first principles, Seção 2– é o postulado de maior descompasso com o conjunto da obra de Thomas Hobbes. Pelo texto, há um processo dual que envolve um objeto externo ao corpo do homem – designado como agente – e o aparato sensorial humano – nomeado paciente. Quando em foco está mecânica de Hobbes donde corpo movimenta outro corpo, não há problema em entender a sensibilização dos órgãos internos por pressão dos corpos externos ao homem, porém, corpos externos expelindo de si aquilo que modifica os sentidos corporais é repreensível. Este trabalho trata do nexo no interior da física do autor e da sua aparente inconsistência quando da mudança na perspectiva da reflexão: da inquirição sobre aquilo que é próprio do objeto para o que é/ou está no sujeito.

Gabriel Arruti

Interação substancial em Descartes

Sala 224

 

O objetivo do minicurso é apresentar as soluções dadas por Descartes para o problema da interação entre a alma e o corpo humano em suas cartas enviadas a Elizabeth e a Arnauld, e nas Paixões da Alma. Nas cartas enviadas a Elizabeth, Descartes dissolve o problema afirmando que não é possível abter uma explicação racional para a interação entre alma e corpo. Para tanto, Descartes apresenta a teoria das noções primitivas. A teoria das noções primitivas consiste no fato de que só é possível descrever racionalmente algo a partir de uma destas noções. As noções primitivas são três, pensamento, corpo e união substancial. Descartes aceita apenas dois tipos de explicação como puramente racionais, a saber, a explicação metafísica e a explicação mecânica. A explicação metafísica lida apenas com as concepções puras do entendimento, ou seja, aquelas que não têm qualquer relação com os corpos. A explicação mecânica se encarrega de representar o movimento e a disposição dos corpos a partir de equações matemáticas, ou seja, cadeias ordenadas de intuições puras que servem para descrever as percepções de corpos. O caso da alma incorpórea que gera um movimento no corpo material não pode se enquadrar em nenhum dos dois tipos de explicação racional aceitas por Descartes. Ainda que se explique todo o movimento e a disposição dos órgãos que geram a ação e, por outro lado, toda a cadeia de razões que leve a vontade a se inclinar a uma determinada ação, não é possível um ponto de contato entre as duas explicações, pois, apesar de serem concebidas pelo mesmo método, elas lidam com objetos realmente distintos, sendo o corpo extenso, passivo e mensurável e a alma sem extensão e dotada de vontade e impassível de qualquer medida numérica. Para Descartes, não é racional explicar que a pedra cai por ela ter uma qualidade real que a faz cair, visto que esta não é uma explicação mecânica deste acontecimento, mas é possível se dar por satisfeito com esta explicação, como, segundo Descartes, a maioria dos Filósofos o faz, pois, para eles, a experiência torna esta explicação muito evidente. Descartes sugere que a relação da alma com o corpo seja encarada da mesma maneira, pois a explicação racional não é possível e a experiência torna a união substancial algo muito evidente. O exemplo do peso é apresentado, por Descartes, a Arnauld com o mesmo objetivo. Nas Paixões da Alma, Descartes enfrenta a tarefa de relacionar os movimentos macânicos do corpo humano com as faculdades da alma, decrevendo de modo mais preciso qual a sua concepção de interação substancial.

Paulo Rodrigues

A biopolítica em Foucault e Agamben
Sala de Reuniões do DFCH - 2o. andar

 

O curso é uma introdução às formulações teóricas de Foucault sobre biopolítica e a recepção de Giorgio Agamben da concepção foucaultiana de biopolítica. Assinala o acontecimento decisivo à leitura foucaultiana do poder na modernidade – a entrada da vida na história – (séc. XVII); a emergência do Biopoder e de suas racionalidades: a) - o poder disciplinar (século XVII-XX, sociedade disciplinar) – uma anatomopolítica do corpo – natureza individualizante; b) - a biopolítica – a regulação do corpo da espécie – população, governo da população – tipo totalizante (1968 - ..., sociedade de controle).
- A recepção de Giorgio Agamben à concepção de biopolítica foucaultiana: O Homo sacer e o poder soberano - o conceito de vida nua; “O Estado de Exceção” e o campo de concentração como paradigma biopolítica da atualidade.

Giorlando Lima

Os enormes vazios de John Locke: sujeito, objeto e linguagem
Sala 222

 

No Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke pretende dissertar sobre três pontos. A origem do conhecimento, a maneira através da qual ele pode ser atingido, e seus limites ou sua extensão. Nos quatro dias desse minicurso trataremos de algumas questões acerca do terceiro ponto, a extensão do conhecimento. Especificamente, sobre aquilo que Locke deixa no campo do que não pode ser conhecido. Nessa medida, o minicurso vai apresentar mais problemas que soluções, apontado os lugares em que o sistema Lockeano escolhe se calar. Para nos mantermos em uma única obra do autor, focaremos nos limites que concernem o conhecimento de si, dos objetos exteriores e do uso da linguagem.

Ernesto Giusti

O desenvolvimento do conceito de matéria em Kant: impenetrabilidade, dinamismo e mecanismo
Sala 224

 

 

Neste minicurso apresentaremos o modo como Kant modifica sucessivamente o conceito de matéria no período que vai de 1747, data de seu primeiro escrito sobre as forças vivas, até os Princípios Metafísicos de Ciência Natural, a obra crítica dedicada aos principais conceitos envolvidos na fundamentação da física newtoniana, em 1786. Embora seja um consenso acentuar que “Kant foi um newtoniano desde o início”, mostraremos que tal leitura não se sustenta na aproximação dos textos que revelam a maturação intelectual de Kant. Em particular, veremos como o conceito de impenetrabilidade, determinante nas reflexões pré-críticas sobre a natureza da matéria, representa uma alternativa de compromisso entre o atomismo materialista estrito e uma adesão plena ao dinamismo monadológico, e a uma física de forças de natureza não mecânica. Acentuaremos ainda como, para entender as reflexões kantianas acerca da física de sua época, não é possível lê-las apenas como uma justificação do newtonianismo. Ao contrário, para entender os posições do filósofo em ciência natural, é necessário incorporar não apenas Leibniz, mas igualmente inseri-lo no contexto mais amplo da filosofia natural alemã do século XVIII, onde dinamismo e mecanicismo permanecem sendo opções viáveis no debate, em um cenário diferente daquele posto na França ou na Grã-Bretanha no mesmo momento.

Bruna Frascolla

Para ler os Diálogos sobre a religião natural, de Hume
Sala 221
 

Passados 235 anos desde a publicação dos polêmicos Diálogos sobre a religião natural, o público leitor mudou o suficiente para que, ao atual, muito do texto permaneça obscuro. Por um lado, importa atentar ao histórico conturbado do texto, deliberadamente póstumo por poder infringir a lei; e, por outro, entendermos o ambiente intelectual onde ele se situava, aquele onde reinava o teísmo experimental de inspiração newtoniana. O propósito do curso será trazer à tona esse pano de fundo filosófico e contrastá-lo com a filosofia de Hume a fim de tornar os Diálogos mais inteligíveis para o leitor de hoje.

José Portugal

A concepção de extensão como representação na ciência de Descartes

Sala 223

 

A concepção de extensão como representação na ciência de Descartes é um dos objetos de investigação para os quais convergem os interesses de pesquisa dos historiadores da filosofia natural cartesiana. Tal tema reclama atenção, na medida em que se pretende compreender a diferenciação epistemológica entre os raciocínios matemáticos operacionalizados no âmbito  reflexivo do sujeito e  o caráter persuasivo das justificações científicas apresentadas por Descartes na Dióptrica e nos Meteoros, obras que acompanham o Discurso do método de 1637. 

 

18 e 19/11

15:30 - 17:30

20 e 21/11

15:30 - 17:30

Edmilson Alves Azevedo (UFPB) 

O que é pensar hermeneuticamente

Sala 223

 

Sem resumo.

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